segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Divulgada lista de favoritos para Assembleia, Câmara e Senado

Pesquisa do DataTempo divulga hoje lista dos candidatos favoritos ao pleito de 2010 como Deputados Estaduais e Federais por minas. A lista pode ser conferida na edição desta segunda feira de 'O TEMPO'. Dos Federais, os 3 primeiros colocados são Fabinho Ramalho, Lael Varela e Gilmar Machado. No âmbito estadual são Braulio Braz, Alencar da Silveira Jr. e Sargento Rodrigues.
Já para o Senado, os favoritos são o governador Aécio Neves e Hélio Costa.
Foram ouvidas 2046 eleitores entre os dias 4 e 11 de novembro.

Fonte: O TEMPO

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

UM DIA PARA SER LEMBRADO

A tarde do dia 22 de janeiro de 2009 jamais sairá da lembrança de Ailton Lopes de Souza, de 43 anos. Ele foi um dos sobreviventes da enchente que assolou boa parte da Avenida Tereza Cristina, na altura do bairro Cinqüentenário, zona oeste de Belo Horizonte. A casa de Ailton, localizada às margens da avenida, teve a parte da frente arrancada e levada pela forte enxurrada. Nesse momento, o morador, que tentava salvar alguns pertences que já se encontravam na água, escorregou e foi logo arrastado pela correnteza, sem que houvesse tempo para sair. “Nessa hora eu só pensava em Deus. Engoli muita água e terra”, conta o mecânico, casado e pai de dois filhos. A família, do alto da casa, assistia a tragédia aos prantos e desespero. “Foi horrível. Agente via tudo de cima e não podia fazer nada”, disse a esposa, Cândida de Souza.
Na medida em que as águas ganhavam velocidade, Ailton era levado para mais longe, acreditando que jamais sobreviveria. “Pensei que tinha chegado a minha hora mesmo”. A certa altura do percurso, cerca de 100 metros de distância da casa, a sua perna se prendeu em uma pedra próximo a uma calçada da avenida. Moradores próximos do local viram Ailton se debater nas águas, até que dois deles lhe puxaram por meio de imenso galho de árvore. Os dois homens de um lado e Ailton na outra ponta. Uma situação arriscada, pois eles se prostraram diante da correnteza para prestar o socorro. Welinton Barroso, de 28 anos, e Mateus Samuel, de 30, foram os responsáveis pela boa ação. “Na hora que o vimos (Ailton) tentando subir, pra não se afogar, não pensamos duas vezes. Pegamos a primeira coisa que tinha na frente, que foi o galho grande que estava aqui e puxamos ele”, recorda Mateus. Ailton escapou com pequenas escoriações no corpo e um corte raso na perna. Para ele, a sobrevivência foi um milagre.
“Foi Deus mesmo que salvou a minha vida e mandou esses companheiros para me ajudar”, resumiu Ailton. Para ele, do susto daquele dia ficou a amizade e a eterna gratidão aos vizinhos generosos.

Bairros de BH sofrem com ação de bandidos

A zona oeste de Belo Horizonte enfrenta uma onda constante de violência, sobretudo em regiões de comércio e tráfego intenso. O bairro Betânia é um exemplo. Pelos dados da 10ª CIA da Polícia Militar, no mês de setembro foram registrados 14 assaltos contra 20 em outubro. Segundo o Sargento Armando, responsável pela companhia, os bandidos agem no Betânia, mais especificamente na Avenida Úrsula Paulino, quase sempre à luz do dia. A avenida é conhecida pela variedade de agências bancárias, supermercados e lojas. “O movimento aqui de pessoas é bastante intenso, devido o forte comércio. O entra e sai de pessoas dos bancos motivam boa parte dos assaltos”, revela o Sargento.
Das ocorrências que são registradas, cerca de 80% envolvem roubo de celulares. Já os outros 20%, são carteiras, bolsas e arrombamento de carros. Outro detalhe importante são as bancas de CDs e DVDs piratas, espalhadas pelas calçadas. Com isso, a presença dos clientes é ainda mais constante. As ruas laterais reúnem grande quantidade de veículos estacionados, onde os flanelinhas não credenciados pela PBH logo aparecem. “A polícia faz a ronda, mas eles (os camelôs) nem ligam”, diz um pedestre que não quis se identificar.
Fernanda Almeida, de 26 anos, conta que já foi abordada duas vezes por assaltantes na saída do terminal do Bradesco. Numas das ocasiões foi rendida por dois rapazes em plena luz do dia. A ação foi rápida e um deles estava armado. “Não tive nem tempo de pensar. Na saída do banco, um deles me puxou pela blusa e outro com a arma no canto veio pela minha direita, enfiou a mão no meu bolso e levou meu celular”, conta. Já Francisco Salviano, de 64 anos, foi rendido no começo da noite, também na saída de um terminal do Banco do Brasil. “Ele estava armado, me deu um soco e levou 300 reais. Quando agente vai procurar ajuda, não aparece ninguém”, disse Francisco, que está mais atento e procura ir sempre mais cedo ao banco, sempre acompanhado de algum familiar. O segurança de uma das agências que também não quis se identificar, disse que o fato de o dia estar claro em nada garante que o risco de ser assaltado será menor. “Faz tempos que trabalho aqui e estou cansado de ver mulheres e idosos sendo abordados pelos bandidos bem aqui na saída. Às vezes de manhã, outras vezes à tarde. Se não ficar atento já era”, revelou.
Para Rossana Tuti, do movimento Fé e Política da comunidade, há um diálogo constante entre os moradores do bairro junto a líderes políticos, que pedem uma segurança reforçada. “Fazemos esse trabalho para mostrar às pessoas que é possível uma solução adequada quando conseguimos nos organizar e promover debates. Dessa forma, procuramos vereadores para que acompanhem a nossa luta e que façam algo realmente relevante para o bairro”, disse Rossana, que confirma as atuações dos bandidos, mas com menor intensidade como em tempos atrás. “Hoje a polícia faz a ronda e agora temos a guarda municipal que costumar vigiar mais ao centro”, disse.

CASOS DE DENGUE EM 2008

Dados coletados pela Secretaria Municipal de Saúde e divulgados no site da Prefeitura de Belo Horizonte revelam um aumento de 43% de casos de dengue em relação ao ano de 2007. Pelo levantamento, o número total de casos há dois anos foi de 9089, sendo a região noroeste a mais atingida pelo vírus do mosquito Aedes Aegypti, com 2655 casos registrados, tanto para dengue clássica quanto hemorrágica. Em 2008, a tabela encerra com 20892 casos registrados e a região mais atingida passou a ser o nordeste da capital, com 8297 contaminações. Ambas as pesquisas incluem os chamados casos importados, em que os pacientes contraíram a doença fora da cidade.
Atualmente a prefeitura mantém 1200 agentes sanitários localizados em pontos estratégicos, que realizam o monitoramento de prevenção dos focos da dengue. Em um período de dois meses, 800 mil imóveis são vistoriados, como ferros-velhos e borracharias, além de residências, com visitas a cada 15 dias. Para Luiz Paulo, 26, fiscal do centro de zoonoses do bairro Salgado Filho, é importante deixar a população sempre a par das medidas de prevenção. “Nós procuramos mostrar aos moradores que é importante que eles colaborem com o nosso trabalho. Pra isso nós procuramos dar as informações, conscientizar de que é preciso evitar a proliferação do mosquito, mantendo vasinhos de plantas sempre secos, não deixar água acumulada em vasilhas, garrafas e pneus, entre outros”, disse o agente. Com esses levantamentos, a Secretaria Municipal de Saúde desenvolve medidas adequadas para cada distrito em que os focos da doença se fazem mais presentes. Considerando-se os índices de infestação do mosquito transmissor da doença, as ações de controle químico com o uso de inseticidas e as ações de assistência a pacientes são as mais eficazes.

Na bagagem

Diferentes personalidades, vindas do mais diversos lugares do país, fazem do Terminal Rodoviário de Belo Horizonte palco para as mais variadas situações. O local concentra, em média, 35 mil pessoas ao dia com capacidade para atender, anualmente, 17 milhões de pessoas. O suficiente para se deparar com as mais diferentes histórias. Caso de Norberto Vieira, 26 anos. Ele conheceu sua noiva pela primeira vez no terminal, quando ele acabava de chegar do interior depois de uma viagem de 10 dias. “Foi muito casual. Havia acabado de chegar e subi ao andar acima do setor de desembarque para ir ao banco. A Sônia estava numa lanchonete próxima. Como ela estava sozinha, me aproximei e puxei conversa. Estamos juntos há 3 anos”, conta.
Há situações em que é preciso passar pela rodoviária todos os dias, assim como o motorista José Carlos Gomes, um dos responsáveis pelo trajeto Itabirito - BH, que realiza há 6 anos. “É gente chegando e saindo o tempo todo e, claro, sempre tem alguma situação que chama a atenção. Já vi casos de mulheres prestes a dar a luz, de homens se estapearem por causa de dinheiro, de gente chorar de emoção com a chegada de algum parente ou amigo. Tem de tudo”, diverte-se.
E há ainda pessoas que fazem do terminal uma extensão da casa, ou seja, àqueles que ganham a vida na rodoviária. “Estou aqui há 12 anos e posso dizer pra você que história sempre se tem pra contar, mas é tanta coisa que agente até se perde. Antes ficava assustada com tantas pessoas, principalmente no carnaval e no final de ano. Mas já faz parte da nossa rotina”, diz a faxineira Maria Luiza dos Santos.
Inaugurada em 9 de março de 1971, a rodoviária de Belo Horizonte é referencia na capital, sendo ponto de encontro para muitos. A obra, assinada pelos arquitetos Oscar Nyemeier e Lúcio Costa ocupa 28.000 m² com oito plataformas de embarque, realizando mais de 60 partidas simultâneas. Atualmente, a polêmica está em torno de sua transferência visando melhorias no fluxo do trânsito. Os bairros mais especulados até o momento são o Calafate e o São Gabriel, que deverá servir de auxilio com o aumento na demanda das festas de final de ano.
Análise dos principais acontecimentos da mídia brasileira e mundial!

Direção/Produção
Leandro Andrade

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