sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Bairros de BH sofrem com ação de bandidos

A zona oeste de Belo Horizonte enfrenta uma onda constante de violência, sobretudo em regiões de comércio e tráfego intenso. O bairro Betânia é um exemplo. Pelos dados da 10ª CIA da Polícia Militar, no mês de setembro foram registrados 14 assaltos contra 20 em outubro. Segundo o Sargento Armando, responsável pela companhia, os bandidos agem no Betânia, mais especificamente na Avenida Úrsula Paulino, quase sempre à luz do dia. A avenida é conhecida pela variedade de agências bancárias, supermercados e lojas. “O movimento aqui de pessoas é bastante intenso, devido o forte comércio. O entra e sai de pessoas dos bancos motivam boa parte dos assaltos”, revela o Sargento.
Das ocorrências que são registradas, cerca de 80% envolvem roubo de celulares. Já os outros 20%, são carteiras, bolsas e arrombamento de carros. Outro detalhe importante são as bancas de CDs e DVDs piratas, espalhadas pelas calçadas. Com isso, a presença dos clientes é ainda mais constante. As ruas laterais reúnem grande quantidade de veículos estacionados, onde os flanelinhas não credenciados pela PBH logo aparecem. “A polícia faz a ronda, mas eles (os camelôs) nem ligam”, diz um pedestre que não quis se identificar.
Fernanda Almeida, de 26 anos, conta que já foi abordada duas vezes por assaltantes na saída do terminal do Bradesco. Numas das ocasiões foi rendida por dois rapazes em plena luz do dia. A ação foi rápida e um deles estava armado. “Não tive nem tempo de pensar. Na saída do banco, um deles me puxou pela blusa e outro com a arma no canto veio pela minha direita, enfiou a mão no meu bolso e levou meu celular”, conta. Já Francisco Salviano, de 64 anos, foi rendido no começo da noite, também na saída de um terminal do Banco do Brasil. “Ele estava armado, me deu um soco e levou 300 reais. Quando agente vai procurar ajuda, não aparece ninguém”, disse Francisco, que está mais atento e procura ir sempre mais cedo ao banco, sempre acompanhado de algum familiar. O segurança de uma das agências que também não quis se identificar, disse que o fato de o dia estar claro em nada garante que o risco de ser assaltado será menor. “Faz tempos que trabalho aqui e estou cansado de ver mulheres e idosos sendo abordados pelos bandidos bem aqui na saída. Às vezes de manhã, outras vezes à tarde. Se não ficar atento já era”, revelou.
Para Rossana Tuti, do movimento Fé e Política da comunidade, há um diálogo constante entre os moradores do bairro junto a líderes políticos, que pedem uma segurança reforçada. “Fazemos esse trabalho para mostrar às pessoas que é possível uma solução adequada quando conseguimos nos organizar e promover debates. Dessa forma, procuramos vereadores para que acompanhem a nossa luta e que façam algo realmente relevante para o bairro”, disse Rossana, que confirma as atuações dos bandidos, mas com menor intensidade como em tempos atrás. “Hoje a polícia faz a ronda e agora temos a guarda municipal que costumar vigiar mais ao centro”, disse.

3 comentários:

ed disse...

é como dizem. Em todo lugar acontece a mesma coisa. Mas claro que o bairro mais movimentado tende à chamar atenção msm.
Putz, só de pensar não da pra morar em lugar nenhum.
Edu

João Flávio Resende disse...

Leandro,
As pessoas precisam individualmente tomar alguns cuidados, como andar acompanhadas em centros comerciais, bancos, observar tudo, evitar carregar objetos de valor, etc, etc...
Em relação ao celular, é prudente anotar em algum lugar (agenda, caderno etc.) o número de série, o IMEI. Em qualquer aparelho, basta digitar *#06# para aparecer o IMEI na tela. Em caso de roubo, basta ligar para a operadora e pedir, além do bloqueio do chip, o bloqueio também do aparelho, fornecendo o IMEI. Já fiz isso em 2005, quando perdi um aparelho. Ele fica inútil após bloqueado. Se todos os usuários de celular tomassem este cuidado, poderíamos inibir os furtos.
Abraços.

Anônimo disse...

Ótima matéria, ainda mais porque foi feita por um policial. Ao reclamarmos dos camelôs para a prefeitura do Lacerda, em frente ao Ricardo Eletro que impendem os transeuntes e pagadores de IPTU do bairro Betânia, recebemos a resposta que a polícia não quer acompanhar a equipe de fiscais e que a polícia da Betânia recebe propinas dos camelôs pra não averiguarem os ambulantes que se instalam em frente ao Riucardo Eletro na Ursula Paulino. No sábado a avenida se torna uma favela horizontal, são dezenas de ambulantes no passeio. Já denunciamos e formos perseguidos porque eles descobriram nosso endereço no bairro. Agora temos que reclamar de forma anonima.

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Direção/Produção
Leandro Andrade

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