segunda-feira, 21 de setembro de 2009

A web e o comportamento humano

À medida em que se popularizava, no final dos anos 90 e começo do séc. XXI, a internet adquiria a fama de encurtar as distâncias. Logo provou-se que a rede mundial de computadores possuía uma infinidade de recursos, capazes de situar a vida dos seus usuários. Dos grandes escritórios e dos centros de decisão do poder, ela recebe espaço próprio nos lares e hoje chega a ocupar pequenos bolsos de calças e ternos.
A dinâmica da grande rede possibilitou a união de diversos grupos, de diferentes tribos com seus costumes, linguagens e personalidades. Nunca o mundo esteve tão globalizado. O melhor exemplo que temos à mão, são os sites de relaciomento que buscam trazer essa proximidade através das páginas pessoais, onde podemos nos revelar do modo que quisermos.
Adotamos diferentes personalidades em busca da melhor maneira de nos encaixarmos no mundo moderno. E é através do uso dessas personalidades que passamos à dizer quais são os nossos reais objetivos. Sigmund Freud diz que os relacionamentos possuem princípios imutáveis que regem o nosso comportamento. Ou seja, se respondemos de maneira delicada à um tipo de provocação a tendencia é que se receba algo no mesmo nível de cordialidade. Ao contrário de um estado de raiva ou ódio, que pode ser o fator determinante para uma situação violenta.
Entro nesse recurso sociológico para finalmente tentar compreender o que levou uma jovem inglesa de apenas 15 anos de idade a cometer suicídio, na última quarta-feira, dia 16, após sucessivas ameaças recebidas na sua página do Facebook, um dos mais populares sites de relacionamento social.
Holly Grogan, movida por uma onda de grande pressão virtual, não superou as complexidades do mundo moderno e se jogou de uma ponte caindo em cima de uma estrada de tráfego intenso.
Testemunhas da garota dizem que os abusos começaram na escola anterior em que Holly estudava e que as antigas colegas transferiram as provocações para a nova escola.
Diante do exposto, vale questionar se de fato as nossas crianças e adolescentes estão sendo devidamente preparadas, psicológicamente, para enfrentar as adversidades do mundo moderno.
Não seria interessante uma didática nas instituições de ensino que oferecesse uma ética para o uso coerente da internet, que ensine a não ferir a liberdade individual das pessoas? Ou será tudo isso desnecessário, tendo em vista que a situação já está fora de controle?
Com a palavra os especialistas.

Fonte: http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2009/09/090921_jovemsuicidio_ba.shtml

4 comentários:

Juliana Bassan Ayon disse...

O que passava pela cabeça da menina a gente nunca vai saber, mas talvez se ela tivesse um apoio a situação não teria chegado a esse ponto. As crianças começam a usar a internet cada vez mais cedo e a maioria dos pais não dá a devida importância a isso. E seria sim uma ótima ideia que as escolas dessem uma orientação, principalmente psicológica, aos alunos. Mas acho que infelizmente a coisa já tomou proporções grandes demais.

Muito bom o post :D

Marcus disse...

Eu acredito que os jovens passa muito tempo na internet, não atendi muito oque aconteceu com essa menina, mas essas redes são muito usadas para ameaças.

Leo Lagden disse...

Realmente ainda não nos preparamos e não conhecemos bem essa ferramenta que nos é colocada (WEB 2.0).
Muito ainda tem que se estudar e entender para extrairmos todo o seu potencial, sem nos deixar levar pelo vício e pela loucura do dia a dia.
Excelente post, que serve de alerta para os pais dos jovens usuários de internet.

www.blogdoargonio.blogspot.com

Rha Belloti disse...

Esse apoio deve vir de dentro de casa, mas a escola também deve se responsabilizar por essas coisas.
A internet é um meio de encurtar distâncias de forma estritamente psicológica, no entanto, na realidade acaba distanciando as pessoas de pessoas de verdade.

Análise dos principais acontecimentos da mídia brasileira e mundial!

Direção/Produção
Leandro Andrade

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