sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Na bagagem

Diferentes personalidades, vindas do mais diversos lugares do país, fazem do Terminal Rodoviário de Belo Horizonte palco para as mais variadas situações. O local concentra, em média, 35 mil pessoas ao dia com capacidade para atender, anualmente, 17 milhões de pessoas. O suficiente para se deparar com as mais diferentes histórias. Caso de Norberto Vieira, 26 anos. Ele conheceu sua noiva pela primeira vez no terminal, quando ele acabava de chegar do interior depois de uma viagem de 10 dias. “Foi muito casual. Havia acabado de chegar e subi ao andar acima do setor de desembarque para ir ao banco. A Sônia estava numa lanchonete próxima. Como ela estava sozinha, me aproximei e puxei conversa. Estamos juntos há 3 anos”, conta.
Há situações em que é preciso passar pela rodoviária todos os dias, assim como o motorista José Carlos Gomes, um dos responsáveis pelo trajeto Itabirito - BH, que realiza há 6 anos. “É gente chegando e saindo o tempo todo e, claro, sempre tem alguma situação que chama a atenção. Já vi casos de mulheres prestes a dar a luz, de homens se estapearem por causa de dinheiro, de gente chorar de emoção com a chegada de algum parente ou amigo. Tem de tudo”, diverte-se.
E há ainda pessoas que fazem do terminal uma extensão da casa, ou seja, àqueles que ganham a vida na rodoviária. “Estou aqui há 12 anos e posso dizer pra você que história sempre se tem pra contar, mas é tanta coisa que agente até se perde. Antes ficava assustada com tantas pessoas, principalmente no carnaval e no final de ano. Mas já faz parte da nossa rotina”, diz a faxineira Maria Luiza dos Santos.
Inaugurada em 9 de março de 1971, a rodoviária de Belo Horizonte é referencia na capital, sendo ponto de encontro para muitos. A obra, assinada pelos arquitetos Oscar Nyemeier e Lúcio Costa ocupa 28.000 m² com oito plataformas de embarque, realizando mais de 60 partidas simultâneas. Atualmente, a polêmica está em torno de sua transferência visando melhorias no fluxo do trânsito. Os bairros mais especulados até o momento são o Calafate e o São Gabriel, que deverá servir de auxilio com o aumento na demanda das festas de final de ano.

2 comentários:

ed disse...

Os períodos mais loucos realmente são o carnaval e o final de ano. Parece que todo mundo tem que sair da cidade. Sempre viajo fora da época.
Agora é interessante pensar nas várias histórias das pessoas que passam pela rodoviária todo dia.
edu

João Flávio Resende disse...

Leandro,
Muito legal essa abordagem mais humana do Tergip.
Abraços.

Análise dos principais acontecimentos da mídia brasileira e mundial!

Direção/Produção
Leandro Andrade

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