segunda-feira, 6 de junho de 2011

Palanque eleitoral

O único instrumento de investigação de que dispõe a oposição no Brasil é a CPI. E a pressa pela abertura de um inquérito é tão grande que os líderes do DEM, PSDB, e PPS, e até mesmo os membros da base aliada do governo federal estão em sintonia sobre a necessidade de investigar o ministro Antonio Palocci no âmbito parlamentar. O governo, apesar de promover a defesa, conta com mais órgãos de investigação a seu dispor, como Polícia Federal e Ministério Público. Esses já tem investigações em curso sobre a trajetória patrimonial do ministro-chefe da Casa Civil.


Tudo bem, é um direito democrático da oposição fazer a sua parte nas ações de fiscalização. Mas por que não esperar pelo resultado das investigações existentes? Pelo menos serviria de base para a real necessidade de uma CPI, além de poupar despesas e interrupção de trabalhos nas comissões e a votação de projetos importantes. Para quem se lembra bem do curso de uma CPI, tome como exemplo a dos Correios que se arrastou por longos meses levando a vários rumos, originando o escândalo do mensalão. Parou-se os trabalhos até para discutir o nome do processo e talvez mudar para CPI da Corrupção (como se já não fosse tão óbvio). Há muito mais pirotecnia envolvida numa CPI do que o próprio escândalo investigado. Chega a ser caricato a atuação dos parlamentares, especialmente àqueles em busca de um palanque para auto-promoção. Será que no tempo em que não havia as tvs legislativas, as CPIs eram tão exageradas e necessárias como nos dias de hoje?

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Direção/Produção
Leandro Andrade

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