No mês passado, com a realização do Oscar ficou nítido e claro a lacuna existente entre os interesses de Hollywood e o que o resto do mundo parece estar fazendo. Dos cinco indicados para melhor filme em língua estrangeira, apenas "Em um Mundo Melhor", da Dinamarca, tratou de alguma forma as relações entre o Ocidente e o Islã. Em contrapartida, cada um dos nove filmes americanos que foram nomeados para melhor filme e perderam para o britânico "O Discurso do Rei" foram introspectivos, com preocupações puramente domésticas - caracterização que pode ser aplicada a filmes tão diferentes em estilo e substância, tais como "A Rede Social", "Cisne Negro", "The Fighter" e "True Grit".
"Eu não acho que esse tipo de coisa é uma coincidência", disse Susanne Bier, diretora e roteirista de "Em um Mundo Melhor", que vai estrear em 1º de abril em Nova Iorque. Quando perguntaram a Bier sobre a quantidade de filmes estrangeiros abordando aspectos das relações complexas entre os mundos ocidental e islâmico, ela justificou: "Há sempre uma espécie de temas (no discurso social e político), uma corrente que não se trata tão insconscientemente". O personagem principal de "Em um Mundo Melhor", Mikael Persbrandt, é um médico dinamarquês que, a bordo de um ônibus, percorre campos de refugiados entre missões humanitárias em um país parecido com a realidade do Sudão, e uma pequena cidade na Dinamarca rural. Em ambos os reinos, ele é forçado a enfrentar uma questão moral fundamental: Quando a violência é justificada?
As informações são de Larry Rohter, do TheNew York Times.
4 comentários:
O universo é violento com as formas. como se a graça fosse a destruição.
http://paradigmasuniversal.blogspot.com
Legal seu blog, parabéns...
Coisa de americano tambem em querer ser potencia mundial em tudo...é muito bom ver filmes estrageiros competindo com EUA e ganhando.
quebra um pouco o tabu deles de querrem ser os melhores em tudo.
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